quinta-feira, 22 de maio de 2008

The Young Republic - 12 Tales From Winter City


The Young Republic é um colectivo norte-americano que descobri através de uma das minhas audições ao lobo, e que se estreiam agora com 12 Tales From Winter City. O tema que me chamou á atenção é tambem o que abre o album Girl In The Tree é uma exelente canção pop que faz lembrar bandas como os Belle & Sebastien ou Camera Obscura.
De resto todo o album segue nessa toada de pop melódico, como querendo retrar as várias visões de uma cidade durante um inverno frio e cheio de neve, tal como a própria capa do album sugere.
Girl From The Northern States, Modern Plays ou She Comes And Goes são notas de destaque de um album onde a voz do vocalista e as segundas vozes femininas são sempre acompanhadas com flautas violinos e uma bateria discreta mas sempre útil. 12 Tales From Winter City é um album que deve ser explorado pelas sonoridades indie mais melódicas onde os retratos de ambientes calmos e despreocupados imperam.

terça-feira, 20 de maio de 2008

The Ting Tings - We Started Nothing


Album de estreia para a dupla britânica Ting Tings, We Started Nothing aproveita a maré e segue na onda das sonoridades indies mais dançaveis com canções que ficam no ouvido e ao som das quais apetece dançar. Shut Up And Let Me Go, That's Not My Name, Be The One ou We Walk são os temas que mais ficam no ouvido a par do single Great Dj, e pelos quais vale a pena descobrir o album.
Sempre num tom descomplicado, livre de pretensões a piscar o olho ás pistas de dança We Started Nothing tem todas as condições para fazer parte da banda sonora do verão que se aproxima.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Last Shadow Puppets - The Age Of The Understatement



Resultante da colaboração entre Alex Turner dos Arctic Monkeys e Miles Kane dos The Rascals, os Last Shadow Puppets lançaram no passado mes o album The Age Of The Understatement cujo titulo homónimo já há muito rodava em algumas rádios.
Neste album de colaboração, e com a ajuda de James Ford dos Simian Mobile Disco, somos levados numa viagem a ambientes musicais de há algumas décadas atrás. Talvez ao glamour dos filmes a preto e branco da década de 60.
Mas esta dupla apenas escolheu levar-nos até lá sem a intromissão de inovações ou novas tendências que a musica foi tendo ao longo dos anos, uma exelente coleção de canções com duas vozes que se encaixam na prefeição para aquilo que era o objectivo do album, e de onde se destacam temas como My Mistakes Were Made For You, Meeting Place, Only the Truth ou Calm Like You.
Confesso que este album foi daqueles que custei a digerir á primeira audição talvez pelo facto de ouvir a voz de Alex Turner em sonoridades a que não estava habituado, mas decidi voltar a ouvi-lo e acreditem que valeu a pena, pelas orquestrações, pelas vozes e sobretudo por soar a algo diferente do que vai sendo lançado todas as semanas.

terça-feira, 13 de maio de 2008

dEUS - Vantage Point


Já anda por ai ha algumas semana o sexto de originais dos belgas dEUS. Vantage Point está longe do brilhantismo de outros albuns mas mesmo assim não deixa defraudadas as expectativas dos fãs da banda que conta com um considerável numero de fãs em Portugal.
Tem canções ao estilo do que a banda nos tem habituado como Eternal Woman ou Is a Robot que nos fazem viajar até aos tempos de Pocket Revolution. Os singles já conhecidos Slow e The Architect transpiram saude e garentem-nos que os dEUS estão para ficar por muito mais tempo.
Oh Your God com guitarras frenéticas e a melancólica Eternal Woman ajudam a compor um album com um som tão familiar como refrescante mesmo que isso possa parecer um paradoxo, que só fica completo se a ele juntarmos a bela Smokers Reflect.
Fica então a ideia de que Vantage Pont é um album despreendido de qualquer tipo de pressão, próprio de quem nada já tem a provar quando se fala de indie-rock. Tom Barman e seus pares escreveram e compuseram o que bem lhes apeteceu e mesmo sabendo que Vantage Point não vai figurar nas vitrines dos albuns do ano ele certamente terá um lugar guardado na memória dos fãs da banda.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Does It Offend You, Yeah? - You Have No Idea What You're Getting Yourself Into


Candidatos a nome de banda mais estranho e nome de album mais comprido os Does It Offend You, Yeah? (DIOY,Y) apresentam o seu album de estreia, uma exelente surpresa para quem como eu desconhecia a banda Inglesa. Em You Have No Idea What You're Getting Yourself Into é-nos oferecida uma mistura explosiva entre a electrónica e o rock. Canções que são feitas para arrasar com qualquer pista de dança em que Battle Royale e With A Heavy Heart (I Regret To Inform You) são bem exemplos disso, a fazerem lembrar uns Death From Above ou White Rose Movement.
De seguida vem We Are Rockstars na mesma toada electrónica mas a abrir caminho pars Dawn Of The Dead esta já a piscar o olho á pop electrónica, para o baile começar de novo com Doomed Now e Attack Of The 60 Ft Lesbian Octopuse. Let's Make Out a um ritmo frenético de sinetizadores e teclados leva-nos de novo á pop dançavel em Being Bad Feels Pretty Good e vai até Epic Last Song, canção que feixa o album, não deixando de nos fazer lembrar dos Daft Punk em Weird Science.
Um grande album, e uma grande surpresa para quem como eu não conhecia a banda nem tinha ouvido falar do seu nome. Para mim um dos melhores albuns do ano até ao momento!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Deolinda - Canção Ao Lado


Fujindo ao clichés que habitualmente se apegam ao fado, o projecto Deolinda faz a sua estreia discográfica com Canção Ao Lado, um disco sem a clássica guitarra portuguesa, sem canções tristes, fatalistas e sisudas e ainda melhor com canções que se podem e devem dançar. Os Deolinda com Ana Bacalhau na voz trazem-nos a cor e a alegria que há muito não se ouvia no fado. Contado Ninguem Acredita, Fon-fon-fon, Ai Rapaz ou Movimento Perpétuo Associativo são para ser ouvidas em clima de alegria com palmas e danças á roda, mas Deolinda não é só festa e alegria, e quando se senta á janela a ver quem passa da-nos temas como Não Sei Falar de Amor, Fado Castigo ou Eu Tenho Um Melro que mesmo fujindo ao fatalismo habitual do fado nos leva para universos que muitas vezes nos faz lembrar dos primeiros tempo de Madredeus.
Destaque ainda para os temas Lisboa Não é a Cidade Perfeita e O Fado Não é Mau mais duas representantes dos universos atrás descritos, que nos fazem querer ouvir Canção Ao Lado vezes e vezes sem conta.