Tem sido alvo de várias criticas, algumas duras, o novo trabalho dos Madredeus agora com a companhia da Banda Cósmica de seu nome Metafonia. É certo que da formação original dos Madredeus só resta agora Pedro Ayres de Magalhães, e esse talvez seja o maior alvo das criticas, o uso do nome Madredeus enquanto marca para vender.
Musicalmente e ao contrário do que se diz não acho Metafonia um mau album. Ninguem estava certamente á espera que a voz de Teresa Salgueiro fosse substituida por uma de igual nivel, mas Mariana Abrunheiro e Rita Damásio não deixam no entanto ficar mal a Banda Cósmica. Outra das novidades que pareceu "chocar" os mais puristas dos Madredeus foi a intrudução de novos instrumentos no alinhamento da banda como a guitarra eléctrica ou a bateria. Todas essas alterações trazem musicalmente algumas vantagens quanto a mim, tornando assim possivel que o disco chegue a um público mais vasto. Talvez a exessiva duração de alguns temas de Metafonia seja um dos pontos negativos, veja-se por exemplo o tema O eclipse (habitas no meu pensamento), que dura uns longos 12 minutos ou Voava na Noite que se estende ao longo de 7.11', estando ambos no entanto entre os temas mais fortes do album. Mas isso não faz de Metafonia um mau disco como se tem escrito por ai, e temas como A Estrada da Montanha ou A Profecia Atlântica, tiram os Madredeus do plano mais erudito em que se enquantravam nos seus ultimos discos e trazem-no de volta ao povo português que tão bem representaram por esse mundo fora.
Metafonia é portanto um album onde as letras falam de histórias de amor, de festa e da comunião entre os povos, e é tambem uma exelente prenda para oferecer no próximo natal, e vem ainda acompanhado de um segundo disco onde se podem ouvir versões de temas orginais dos Madredeus.
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